Cruzeiro na Royal Caribbean

Em janeiro embarquei em meu primeiro cruzeiro internacional com a Royal Caribbean. O navio partiu do porto de Fort Lauderdale com destino a Nassau, Charlotte Amalie e Philipsburg. Antes de contar como foi a experiência no Allure of the Seas vou explicar como foi o processo de compra e porque decidi fazer esse cruzeiro de 7 noites.

Tinha acabado de voltar de uma eurotrip pelo Leste Europeu em agosto e não estava pensando em nenhuma viagem ainda, até que assisti dois programas na TV a cabo: um sobre o cruzeiro da Disney e outro sobre a construção do Allure of the Seas e seu irmão gêmeo Oasis of the Seas, totalmente sem querer e em canais diferentes.

Como não querer fazer um cruzeiro vendo imagens como essas?

 Aí, claro, bateu aquela curiosidade de saber mais sobre a Royal Caribbean e seus itinerários. Assim que abri o site pulou um aviso de 40% de desconto para o mês de janeiro, que é a alta temporada dos cruzeiros no Caribe e o pacote de 7 noites com tudo incluso estava custando R$2.500,00 por pessoa. É como se fosse R$ 350,00 por dia (hospedagem, entretenimento e alimentação liberada 24 horas).

Comecei a pesquisar, simultaneamente, preços de passagem aérea e também me deparei com uma promoção da Copa Airlines para Miami (R$ 1.000 já com taxas). Aí, pronto: juntou a fome com a vontade de comer. Comprei a passagem da Copa e o Cruzeiro da Royal. E de quebra ainda passei 4 dias em Miami. No fim das contas acho que valeu muito a pena!

Por que fazer um cruzeiro?

1. Em tempos de alta do dólar é uma boa opção aproveitar promoções all inclusive. Sai muito em conta. Mas, claro, tem que gostar minimamente de navio (nem todo mundo gosta de cruzeiro, por medo, enjoo, etc.);
2. É uma opção diferente das viagens tradicionais em que a gente anda o dia inteiro conhecendo os pontos turísticos;
3. É uma viagem fácil. Não precisa pensar em nada, nem reservar ou comprar nada. É só relaxar.
4. Além disso, o navio faz parada em vários portos diferentes, o que é uma opção para quem quer conhecer novos lugares e curtir a terra firme;
5. O sistema all inclusive significa que além da hospedagem e entretenimento, o passageiro tem direito a alimentação e bebida (água e suco). Mas quem preferir refrigerante ou bebidas alcoólicas deve comprar pacotes de bebidas oferecidos no navio.
6. O navio tem uma estrutura fantástica, com diversas opções de entretenimento.

Embarcando e Desembarcando no porto de Fort Lauderdale

Foi muito fácil embarcar no porto de Fort Lauderdale pois a organização da Royal Caribbean é fantástica. E tem que ser assim mesmo pois imagina como é embarcar 5.000 pessoas!

Assim que chegamos um funcionário leva nossas malas, que só veremos horas depois (por isso é bom levar uma bolsa ou mochila com alguns itens para sobreviver até sua mala chegar ao quarto).

Depois de entregar a mala vamos para o balcão de check in, onde recebemos nosso sea pass (uma espécie de passaporte que deve ser apresentado para entrar e sair do navio, fazer compras lá dentro, pegar toalha na piscina, etc.) e em seguida nos dirigimos para a sala de embarque, onde finalmente entramos no navio.

Já o desembarque é ainda mais fácil, e só um pouco mais demorado. Basta se dirigir a uma das portas de saída do navio com o sea pass, procurar a mala e passar por um check out final. Simples assim!

O navio

O Allure of the Seas era o maior navio do mundo quando viajamos nele, em janeiro, mas agora foi superado pelo Harmony of the Seas. Adorei o navio e toda a estrutura da Royal Caribbean. É realmente excelente e achei melhor do que a outra empresa em que havia feito um cruzeiro aqui no Brasil, na temporada de 2009.

Divididos por seus 16 andares há 25 restaurantes, teatro, cassino, academia, várias piscinas, jacuzzi, spa, lojas diversas, serviço médico, sem falar de todo background (são mais de 2.500 funcionários trabalhando incessantemente, 24 horas por dia).

As principais atividades oferecidas são: flow rider, mini golf, tirolesa, parede de escalada, pista de corrida, quadra de esporte, patinação no gelo, spa, academia de ginástica, diversos shows, musicais, stand up comedy, bingo e até leilão de obras de arte. Experimentei tudo e falei sobre essas atividades no post O que fazer dentro de um navio? Não deixem de conferir!

Para ter uma ideia olha o nível do spa…

A Royal ainda oferece uma excursão pelos bastidores do navio (US$150 por pessoa), que dura 3 horas para conhecer as partes secretas do navio como a cozinha, casa de máquinas, etc.além de excursões em terra firme, para conhecer as cidades onde desembarcamos.

A internet a bordo custa US$ 15 por dia, mas ouvi algumas pessoas reclamando e dizendo que era lenta. Preferi ficar offline, até porque a ideia era relaxar.

Cabine

Os navios da Royal oferecem quatro tipos de cabine: suítes deluxe, cabine interna, com varanda, com vista para o mar, sendo que todas oferecem ar condicionado, televisão, telefone, banheiro privativo, chuveiro, penteadeira e até secador de cabelo.

As mais baratas são as cabines internas (sem janela) e dizem que quanto mais baixo o andar, menor a sensação de balanço. Por isso escolhemos a cabine interna no 8º andar. Outra dica é não ficar na parte da frente do navio, pois também balança mais.

Funciona assim:

1. Todos os dias a noite é entregue na cabine a programação do dia seguinte, com horários e local onde ocorrem, o que permite o máximo de aproveitamento das atividades oferecidas. Se não fosse assim seria impossível saber tudo o que acontece no navio.
2. Também é possível pedir café da manhã no quarto. Para isso, basta preencher o pedido e pendurar na porta até as 23 horas. Na manhã seguinte, o café chegará na sua cabine no horário desejado. Eu preferi ir ao restaurante porque lá temos muito mais opções de escolha, sem falar da vista para o mar…
3. Na última noite de cruzeiro chega na cabine a relação dos valores gastos durante o navio. Se estiver tudo ok, será debitado no cartão que você cadastrou, ma se houver algum erro basta você se direcionar à recepção e contestar os valores.

As cabines internas com varanda têm vista para dentro do próprio navio (e não para o mar), ficam localizadas no meio do navio e dão para essa espécie de promenade, onde tem um café, um restaurante pequeno, um jardim e até som de passarinhos cantando (sério!!) Da próxima vez quero ficar nessa cabine.

Outro tipo de cabine com varanda voltada para dentro do navio fica na parte de trás, mas essas são mais barulhentas. Tem até tirolesa passando por lá, além de uma área para crianças lá em baixo, que tem carrossel. Além disso, por lá acontecem algumas atividades como parede de escalada, show no Acqua Theater, etc. Não conferi, mas pode ser que tenham um preço melhor por causa disso.

Quem ainda não fez um cruzeiro, recomendo muito, mas acho que o que torna a experiência melhor é a escolha da empresa. Pesquise antes de comprar e se informe. Nosso cruzeiro foi tão bom que estamos pensando em fazer outro, mas dessa vez com a família toda!

Outra dica legal que descobri é que na baixa temporada (de julho a novembro) as promoções chegam a 60%, o que é ótimo! Vale lembrar que a baixa temporada no Caribe é mais por causa dos furacões, que nem sempre passam pela região. Pode ser que valha a pena arriscar dias de chuva por um desconto excelente, não é mesmo?!

Agora, se você já comprou um cruzeiro para o Caribe não deixe de ler como foram nossos dias nas Bahamas, em St. Thomas e em St. Maarten. E, por fim, não esqueça de conferir seu passaporte, se o visto está válido e a carteira internacional de vacinação contra a febre amarela.