Um encontro com Buda e o Monte Fuji

Tóquio é uma cidade bem central e próxima de destinos turísticos menores, mas não menos importantes. Como dissemos no post anterior, é bem fácil fazer bate-e-voltas de trem a partir de lá. Foi o que fizemos para conhecer o famoso Monte Fuji, além de Enoshima e Kamakura, outras cidades lindas que merecem uma visita.

Tóquio 3º dia – Passeio por Enoshima, Kamakura e Shibuya

Depois de um café da manhã delicioso no hotel, começamos nosso dia indo de metrô e trem para Enoshima, uma ilha a cerca de 1 hora de Tóquio. Da ilha foi a primeira vez que avistamos o Monte Fuji, de longe, mas deu pra ver perfeitamente. A entrada na ilha é gratuita e vale uma manhã deliciosa de passeio!

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A ilha é famosa por ter as melhores praias próximas a Tóquio, e por ter muitas lojinhas de artesanatos, casas de chá e restaurantes, além do Templo de Enoshima.

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Esse foi o primeiro de muitos Templos que visitamos durante a viagem pelo Japão e pudemos cumprir o ritual de lavar as mãos antes de entrar.  Segundo o ritual, primeiro deve-se lavar a mão esquerda e depois a direita; em seguida, devemos lavar a boca e, por fim, novamente a mão esquerda. 😉

Os templos são lugares sagrados no Japão e a maioria deles é budista ou xintoista. Não se pode entrar com roupas decotadas e é exigido silêncio absoluto durante as visitas. Lá você realmente encontra muita tranquilidade e pensamentos positivos!

Como de costume, no templo há várias opções de realizar as tradicionais “simpatias” japonesas: passar pelo portal, receber papéis, fazer desejos e prender para o vento levar, prender plaquinhas de amor com pedidos e agradecimentos… O Japão é rodeado de muitas simbologias, é bom aproveitá-las!

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Passeamos por toda a ilha, sempre observando a harmonia das construções com a natureza, e almoçamos enormes lulas douradas. Uma delícia pra quem ama frutos do mar. Reparem nas mini-porções que são servidas como acompanhamento.

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Após o almoço, pegamos o trem rumo à cidade de Kamakura. O passeio em si já é uma atração à parte, sempre costeando, e assim pudemos ver vários surfistas na água, casas nas encostas, as praias… Lindo e muito agradável!

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Kamakura é uma cidade costeira muito tranquila, com desfiladeiros florestados, e conhecida por ter sido a capital do Japão de 1185 a 1333. Como legado daquela época áurea, possui muitos templos, santuários e mosteiros, com destaque para o Templo Hase-dera, o Santuário Hachiman-gu, o Templo Myohon-ji e o Templo Zuisen-ji. A cidade possui sua própria estação de trem, além de muitos restaurantes, artesanato e turistas por toda parte.

Uma das principais atrações de Kamakura é o Grande Buda, que faz jus ao adjetivo: a imagem possui 13,50 metros de altura, e é um dos legados deixados da época em que a cidade era a capital do Japão. Ele foi construído em bronze em 1252 e já enfrentou todas as forças da natureza: de maremotos e terremotos a tufões.

O local onde ele está localizado é lindo, muito verde, com natureza exuberante, e muitos turistas também! Essa foi a hora de agradecer, fazer pedidos, tirar fotos e apreciar o local, que possui um jardim para passear. 

kamakura-japao-blog-na-duvida-embarque-4 kamakura-japao-blog-na-duvida-embarque-2 No retorno de Kamakura e já de volta a Tóquio, fomos conhecer Shibuya, o bairro do cruzamento mais famoso e populoso do mundo. É super divertido atravessar nele! As pessoas não esbarram em você, não fazem barulho, não correm… Nem parece que há taaaaanta gente para atravessar!

O bairro faz lembrar a nova-iorquina Times Square, com letreiros, neons, turistas, restaurantes, shoppings… É lá na estação de metrô que encontramos a estátua do Hachiko, o cãozinho da vida real que ficou famoso no filme Sempre ao seu lado, quando, mesmo após o falecimento de seu dono, ele continuou indo até a estação todos os dias, pois era o caminho que faziam juntos.

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Esse foi um dia bem cheio, mas dividido entre 3 atrações distintas, até chegarmos no hotel por volta de 21:30.

O que fazer em 2, 3 e 4 dias em Tóquio 

Tóquio 4º dia – Monte Fuji

No último dia em Tóquio fizemos um bate-e-volta para conhecer a Região dos Cinco Lagos e o famoso Monte Fuji (ou Fuji San, em japonês), o pico mais alto do Japão, com 3.776 metros de altura.

É importante acompanhar a previsão do tempo para garantir que o céu estará limpo, pois nem sempre é possível avistá-lo com muita clareza. Acompanhamos a previsão durante nossa estadia em Tóquio, e o 4º dia era o melhor. A escolha foi certeira!

Pegamos mais um trem excelente e o passeio foi muito agradável. Como na maior parte dos trens, as cadeiras viram, podíamos conversar e ainda apreciar a vista.

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O Monte Fuji é o mais simétrico e fotografado do mundo (deve ser pela mania dos japoneses de tirar fotos de tudo), e seu cume está sempre coberto de neve.

Uma curiosidade: antigamente o Monte Fuji era considerado tão sagrado que apenas monges e peregrinos podiam subi-lo. Mulheres só foram autorizadas em 1872. Hoje, a quantidade de alpinistas e turistas é enorme, e as cidades dos lagos possuem estrutura para recebê-los com lojas, guias e parques. Mas a montanha fica aberta para visitação apenas em julho e agosto, e requer muito preparo, estando dividida em 10 níveis de dificuldade.

Dos cinco lagos, o Lago Kawaguchi é o que possui maior estrutura no entorno, com muitos restaurantes e lojas à espera dos turistas. Ele faz parte do Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu.

Como não há metrô na cidade, pegamos um táxi até a estação do teleférico e foi uma experiência interessante. Os motoristas usam luvas brancas e abrem as portas para os passageiros, que se sentam em bancos sempre cobertos com capas muito brancas, tudo para mostrar a higiene do automóvel. Incrível!

Subimos a montanha de onde se tem uma vista muito favorecida para o Monte Fuji, em um teleférico super-alto e moderno.

E lá estava ele, super nítido com toda sua imponência! Lindo dia! A vista do lago e arredores também é deslumbrante. Rendeu muitas fotos…

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A cidade é lindinha, cheia de casinhas e uma vista linda para o lago e para o Monte. Não deixem de incluir no roteiro!

No retorno para Tóquio, fomos a Harajuku, mais um bairro diferente da cidade, conhecido por ser point dos jovens e da moda, desde a mais simples até a alta costura. A principal atração do bairro é um beco estreito e comprido, o Takeshita-dori, próximo à estação do metrô.

Enquanto entrávamos nas lojas, de um lado e de outro da rua, minha mãe se perdeu e eu entrei em pânico. São milhares de japoneses andando de um lado para o outro e não conseguia achá-la. Imagine o desespero…

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Lá é possível comprar roupas japonesas lindinhas, fofas, com rendas, e a curiosidade é que o nosso P, aqui do Brasil, pra eles é G. Em geral, eles são bem menores e magros que os ocidentais. Perdi as contas de quantas lojas de 100 yen (equivalentes às nossas famosas lojas de 1,99) nós fomos. Gente, incrível! Muita opção, itens de qualidade, de bom gosto. Oh, tentação… Vale a pena conferir, tem itens com preços inacreditáveis, como Tupperwares herméticos de vidro a US$ 1,00 (mulheres me entenderão)!!

No mesmo bairro também passamos por muitos cosplayers, pessoas fantasiadas como personagens de jogos, quadrinhos e mangás. Parecem bonecos! As meninas, então… vontade de embrulhar e levar pra casa! Mais uma curiosidade do Japão, uma paixão nacional!

Depois, pausa para um café e doce deliciosos, seguidos de um merecido descanso!

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Resumo Geral da Viagem por Tóquio:
1ª noite: Chegada e Jantar em Ikebukuro
1º dia: Mercado de Peixe, Centro de Tokyo, Akihabara
2º dia: Corte de Cabelo e Acupuntura, Sushi de esteira e Templo de Tóquio
3º dia: Enoshima, Kamakura e Shibuya
4º dia: Monte Fuji (ou Fuji-san) e Harajuko

♥ Beatriz Iglesias é colaboradora do Na dúvida, Embarque. Ela e o marido amam viajar pelos quatro cantos do mundo com as dicas especialmente separadas pela irmã e cunhada e, sempre que possível, estarão compartilhando suas experiências de viagens aqui!

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