O que fazer em Piódão – Aldeia Histórica de Portugal

—Se estiver com viagem marcada para Portugal não deixe de incluir no roteiro uma visita às Aldeias Históricas que mantêm-se quase inalteradas ao longo de séculos. São ao todo doze e aqui você descobre o que fazer em Piódão, um lugar cheio de história e tradição, localizado na Serra do Açôr, na região Central do país.

Piódão está a 100 Km de distância de COIMBRA e o trajeto é percorrido em 1:30 h. A estrada é boa, mas o trecho da serra é bastante estreito, inclinado e sinuoso. Com calma, cautela e sem pressa, observando uma paisagem de tirar o folego, chega-se até a pequena aldeia, que vale cada minuto do passeio.

Em dias muito frios é preciso ter cuidado redobrado, pois há formação de gelo nesta parte do trajeto.

Aliás, pressa não combina com este bate-e-volta que nos dá a impressão de voltar no tempo. A Aldeia Presépio estará ali, diante dos seus olhos, com suas casas de xisto, de portas e janelas azuis, construídas no meio das montanhas e emolduradas por muito verde.

Vale uma parada na estrada, antes de chegar a Piódão, para contemplar a melhor vista que você terá da Aldeia.

Piódão guarda todas as características e tradições do século XIII, quando o povoado era conhecido como Casas Piódam.

No passado, a aldeia chegou a ter 200 moradores, mas atualmente há apenas 62 deles. Os jovens saem para estudar, os idosos falecem e assim diminui cada vez mais a população da pequena aldeia.

O que fazer em Piódão

Existem alguns pontos turísticos a serem visitados, como a Capela das Almas, a Capela de São Pedro, a Eira, a Fonte dos Algares, a Igreja Matriz e a Praia Fluvial.

Também chamada de Foz d’égua, é uma espécie de piscina natural formada pelo rio e canalizada pelos moradores. No verão é uma das grandes atrações.

No Núcleo Museológico é possível conhecer mais sobre a história da aldeia e o modo de vida dos habitantes, através da réplica de móveis e objetos.

Percorrer Piódão é fácil e em duas horas já terá visto tudo. Basta ir subindo por suas ruelas de pedra e observando as casas de xisto com suas portas e janelas azuis, Ahh e, claro, os antigos moradores, que chamam atenção pelo modo simples de viver.

Ora uma senhora recolhendo as roupas do varal ou estendendo-as sobre o chão; ora um senhor sentado na porta de casa aproveitando as poucas horas diárias de sol durante o inverno.

No pé da aldeia encontram-se cafés e lojinhas de souvernir administrados por moradores, e adquirindo esses produtos ajudamos a manter a comunidade.

Além dos cafés na base da Aldeia, o restaurante Fontinha serve comida típica regional e tem como pratos principais as trutas grelhadas, a chanfana assada e o bucho de porco recheado.

Hospedagem em Piódão

Apenas lá descobrimos que é possível se hospedar em um das casas e ficamos com vontade de dormir na Aldeia para curtir a noite e ter essa experiência local.

Então, para quem quiser ver Piódão ao entardecer/ anoitecer o ideal é buscar opção de hospedagem por lá mesmo já que, definitivamente, não é recomendável que se pegue a estrada à noite, principalmente turistas que não conhecem a região.

As opções de hospedagem são poucas, mas confortáveis. Varia de uma casa antiga que leva o nome de CASA DA PADARIA, à uma casa moderna construída para receber hóspedes, o INXISTO LODGES, que fica a 2 Km distante do centro.

Também há o 4 estrelas HOTEL INATEL PIÓDÃO, com mais estrutura, sendo o mais procurado da aldeia.

Sensacional pensar como ainda hoje, alguns portugueses moram em pequenos povoados e tem uma vida tão tranquila. E é incrível pensar como os moradores faziam para chegar lá há séculos atrás.

Ainda hoje o acesso não é dos mais fáceis e ALUGAR UM CARRO é obrigatório (faça sua cotação aqui) para conhecer Piódão.

No caminho de volta você estará se perguntando: quem foi que disse que não é possível viajar no tempo? O próximo passo é conhecer as outras aldeias históricas de Portugal. Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha- a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Sortelha e Trancoso.

Repare ao longo da estrada que as marcas do grande incêndio de 2017 ainda estão evidentes. Quilômetros de floresta queimada, com sinais discretos de recuperação dão a verdadeira dimensão do que foi essa catástrofe e entendemos melhor porque muitos portugueses ainda se emocionam ao falar dela.