Dachau, o lugar mais triste do mundo

Um dos passeios mais densos e triste que fiz foi ao campo de concentração de Dachau, na Alemanha. Para quem gosta de História, principalmente sobre a Segunda Guerra Mundial a visita ao campo é imperdível para melhor compreensão dos fatos. Lá, milhares de judeus ficaram presos e foram mortos durante o regime nazista. Este campo de concentração ficou ativo entre os anos de 1933 e 1945, mas vários outros estavam ativos no mesmo período pelo país. Foram 12 anos de horrores só neste campo. Quem que já assistiu ao filme A Lista de Schindler pode compreender melhor a aflição que significava entrar naqueles trens que saiam abarrotados e voltavam sempre vazios…

Dachau: um lugar impressionantemente triste

Provavelmente este é um dos lugares mais marcantes que você irá visitar, mas não num sentido positivo… a tristeza e o sofrimento impregnaram esse lugar, mas nem por isso deve deixar de ser visitado. Ao contrário. Acho importante todos saberem (e sentirem) o que aconteceu com os judeus, para que o fato não seja esquecido e jamais se repita!!

Há um museu/ memorial que reconta a história e o sofrimento dos judeus até a rendição da Alemanha na Segunda Guerra. Confesso que chorei vendo alguns filmes e não aguentei ver todo o material que havia no museu. Do lado de fora há uma escultura que traduz o horror da guerra e onde muitas pessoas colocam flores e se reúnem para rezar pelos judeus que morreram entre os anos de 1933 e 1945 neste  local.

No início o campo recebia presos políticos, ou seja, aqueles que perceberam o que estava acontecendo e começaram a contestar o regime. Escritores, padres, políticos, advogados, todos ficaram presos de forma isolada para que não houvesse comunicação desses que eram a maior ameaça ao regime nazista. Eles não poderiam ficar junto com os demais judeus para que não os influenciassem e não houvesse chance alguma de haver um motim.

Os muros, as grades e os portões ainda estão no mesmo lugar. Parte do que foi destruído pelos alemães foi reconstruído para que as futuras gerações soubessem o que ocorreu… os “chuveiros” para onde eram levados, as câmaras de desinfecção, os fornos onde seus corpos eram queimados, as covas onde eram jogados, tudo está lá e é impressionantemente surpreendente ver como o ser humano é capaz de pensar e fazer tanta maldade.

 Para chegar até lá a partir de Munique basta pegar o metrô S2 até Dachau  e descendo nessa estação, pegar o ônibus 726 até a porta do memorial, que fica aberto diariamente das 09:00 hs. – 17:00 hs. A entrada é gratuita, mas quem for de carro deve pagar 3 euros pelo estacionamento.Você saberá que chegou quando encontrar esse portão, onde está escrito “Arbeit macht frei“, ou seja, “o trabalho liberta”. Essa frase, escrita no portão de vários campos de concentração é, na verdade, uma ironia dos nazistas que faziam os judeus trabalharem até a morte, quando então encontrariam sua libertação espiritual.

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