O que fazer nos Lençóis Maranhenses

Se você está procurando dicas sobre o que fazer nos Lençóis, nesse post vai encontrar os principais passeios. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é uma unidade de conservação protegida por lei e ocupa uma área do tamanho da cidade de São Paulo. Como o acesso só é permitido para veículos cadastrados, o ideal é contratar os serviços de uma agência antes de ir, pois assim você garante o máximo de aproveitamento.

Eu fiz todos os passeios com a Caetés Expedições, agência localizada no centro de Barreirinhas, com ótimo atendimento e funcionários muito simpáticos. O nome da agência é uma homenagem aos índios que chegaram aos Lençóis Maranhenses fugindo dos colonizadores portugueses, e por lá ficaram até serem extintos definitivamente.

Fizemos o trajeto de São Luís até Barreirinhas na parte da manhã, almoçamos rapidinho, e à tarde fomos conhecer o Parque.

O que fazer nos Lençóis – Circuito Lagoa Azul

O passeio obrigatório feito pela maioria dos turistas que vão aos Lençóis Maranhenses é o Circuito Lagoa Azul. Esse é o primeiro conjunto que encontramos, com as Lagoas dos Peixes, da Preguiça, da Esmeralda, da Paz e a própria Lagoa Azul.

A ida até o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses começa em um veículo com tração 4×4 (tipo jardineira) que atravessa um trecho do rio Preguiças sobre uma balsa, e segue caminho por uma difícil estrada de areia. O trajeto até lá é uma aventura de uma hora —leve óculos escuros, prepare-se para sacolejar e atenção se costuma ter enjoo ou dor nas costas—, mas assim que chegamos, temos a divina recompensa.

Para grande parte das pessoas, a busca pelas lagoas mais cheias talvez seja a grande atração do passeio, pois aquelas grandes piscinas de água doce, que brotam dos lençóis freáticos (daí o nome do lugar!) entre uma duna e outra, são realmente o brilho e o refresco daquele cenário único de areia e água.

Porém, mais do que isso, andar sobre dunas, sentir o sol queimando e o vento transformando tudo, o tempo todo, é uma sensação difícil de descrever. Por mais desértica que pareça a paisagem, há muitos contrastes, energia e movimento em tudo! Não só nas aves que de vez em quando aparecem, mas nos troncos retorcidos, nas dunas que voam, no som do vento e em tudo o mais que é inanimado, mas que transborda em alma.

E a gente se sente pequenininho diante daquela imensidão e só tem vontade de agradecer pela oportunidade de estar ali.

Esse passeio é oferecido tanto no período da manhã como da tarde, mas segundo nosso guia, à tarde o calor e a luz refletida na areia são menos implacáveis, e ainda ganhamos de brinde um pôr-do-sol maravilhoso. Espetáculo à parte! Simplesmente inesquecível!

Quando estava pesquisando sobre os Lençóis, não vi nenhum aviso ou informação sobre preparo físico e nem tinha me tocado disso até chegar lá. Mas como no meu grupo havia algumas senhoras (de 60 e poucos anos), acho pertinente avisar que subir e descer as dunas não é tão fácil quanto parece quando já se tem uma certa idade. Elas fizeram o passeio todo, mas reclamaram bastante.

O guia informou que andamos aproximadamente 4 km, mas na areia fofa, subindo e descendo, parece mais.

Na volta do Parque, já escurecendo, há de novo uma parada para atravessar o rio Preguiças. Como são muitos veículos para embarcar na balsa, esperamos quase meia hora. Mas é até bom porque essa é uma oportunidade para os moradores da região abrirem suas lojinhas de artesanato e venderem produtos. E eu que não resisto a uma tapioca… comi uma quentinha, feita na brasa.

Valor: R$ 70,00 por pessoa.

O que fazer nos Lençóis – Rio Preguiças

Exuberância é a palavra que define o passeio pelo Rio Preguiças, feito de lancha voadeira com parada em três povoados (Vassouras, Mandacaru e Caburé). Dunas, lagoas, manguezais, rio, mar, passeio de quadriciclo e uma vegetação rica em palmeiras da região, como o Buriti e a Juçara, são algumas das atrações imperdíveis.

Para fazer esse passeio, reserve o dia inteiro. De manhã cedo, às 8:30h, a lancha nos pegou no pier do Restaurante Bambaê (anexo à pousada em que estávamos hospedados) e seguimos rio abaixo por aproximadamente 40 minutos até chegarmos ao primeiro povoado.

Vassouras – O nome desse povoado se refere a um tipo de vegetação rasteira de flores amarelas que predominava no local até o avanço das dunas que formam os Pequenos Lençóis. Nesse povoado há dunas e lagoas menores, mas não menos bonitas, que avançam até o rio Preguiças. A paisagem é encantadora.

Além do banho nas lagoas e no próprio rio Preguiças, podemos observar os macacos-prego que habitam o local e até alimentá-los com bananas vendidas no local.

Por mais mansos e habituados que sejam, não acho recomendável um contato muito próximo, pois ainda se trata de animais silvestres. Eu preferi não arriscar…

Mandacaru

Em cinco minutos, surge essa pacata vila de pescadores. A parada é rápida, e a principal atração é o farol das Preguiças (propriedade da Marinha do Brasil). Mas não deixe de observar como funciona a vida por lá: casas muito simples, lojinhas de artesanato, cajueiros aos montes, um bar de batidas e caipirinhas à beira do rio Preguiças… e assim o tempo vai passando, lentamente.

Subindo os mais de 140 degraus do farol, é possível apreciar a paisagem composta por dunas, rio e mar. A entrada é gratuita.

Caburé

Até a última parada, a paisagem no trajeto até o povoado de Caburé vai se modificando conforme vamos avançando pelo rio. Quanto mais perto da faz, a água salgada do mar vai entrando rio acima, fazendo com que a água deixe de ser totalmente doce, e também vai transformando a vegetação, em que passa a predominar o mangue e não mais as palmeiras, inclusive com espécies que vão beber água a mais de 10 metros abaixo da copa!

Ao descermos da lancha, não encontramos mais lagoas de água doce, e sim o mar e uma longa faixa de areia. Assim, quem desembarca em Caburé pode escolher entre ficar na praia, mergulhar no rio, andar de quadriciclo, almoçar ou simplesmente ficar deitado na rede até a hora de voltar. Difícil escolha…

Fiz um pouco de tudo, começando pelo passeio de quadriciclo ao longo da extensa praia, que custou R$ 50,00 por meia hora; e depois fomos almoçar no restaurante Cabana do Peixe, com ambiente e comida simples, mas agradável.

Valor: R$ 80,00 por pessoa (não inclui almoço nem aluguel de quadriciclo – R$ 50,00 por meia hora)

O que fazer nos Lençóis – Flutuação de bóia no rio Formiga

Se você procura contato com a natureza e diversão ao mesmo tempo, esse passeio é bem interessante.

O passeio começa às 8h da manhã em um veículo com tração 4×4 que segue em direção ao rio Formiga, no povoado de Cardosa. Chegando lá, começamos a flutuar sobre bóias nas águas tranquilas e cristalinas do rio, que segue seu curso bem lentamente. É bom ressaltar que não há peixes nesse rio.

O passeio é bem relaxante além de ser uma ótima oportunidade para observar a vegetação local. Guias da região vão acompanhando o grupo dentro do rio e “desencalhando” o pessoal que atola nas margens. É possível nadar e mergulhar nas seguras águas do rio e aí a bóia se torna desnecessária, de tão gostoso que é!

O final do trajeto se dá exatamente em um rústico engenho de mandioca. É sensacional conhecer como os nativos trabalham com a mandioca, desde seu plantio até o consumo final de diversas formas (farinhas, tapioca, tucupi e até tiquira, uma espécie de bebida alcoólica) exatamente como os índios faziam. Eu não fazia ideia de como o processo é complexo e cheio de etapas.

Não posso deixar de dizer que os trajetos de ida e volta de Cardosa não são fáceis. O caminho é feito por estradas de terra batida e areia, em um veículo que sacoleja muito (muito mesmo!). Passamos por uma caminhonete que tinha uma passageira se sentindo mal, e pessoas com dores nas costas podem não curtir o passeio. Além disso, o tempo total de deslocamento é de 3 horas (ida e volta), enquanto que a flutuação no rio Formiga dura apenas 1 hora.

Apesar disso, o passeio é muito bom e, dependendo do grupo de pessoas que estiver com você, pode ser bem divertido. O nosso estava animado!

Valor: R$ 65,00 por pessoa.

Para quem tiver mais tempo, disposição e grana, é possível fazer ainda os Circuitos Lagoa Bonita e Lagoa da Esperança (a única que não seca), e também os Circuitos de Atins e Santo Amaro, andar de quadriciclo por mais tempo e até sobrevoar os lençóis de avião.

Para mais dicas d o que fazer nos Lençóis, quando ir, como chegar e onde ficar hospedado acesse nosso post Lençóis Maranhenses: dicas de como (finalmente!) ir.

Para saber mais sobre nossa viagem ao Maranhão acesse

Hospedagem em São Luís

Hospedagem nos Lençóis (Barreirinhas)

Centro Histórico de São Luís

O blog Na dúvida, embarque teve apoio da agência Caetés Expedições.

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