Costa Concordia… o navio que ficou famoso no mundo por ter naufragado na Itália em 2012 foi o navio em que fiz meu primeiro cruzeiro, na temporada de natal aqui no Brasil, em 2009. Nosso trajeto de sete dias saía do Rio de Janeiro, passava por Santos, Salvador, Ilha Bela, Santos e voltava para o Rio de Janeiro. O navio era lindo, enorme, o atendimento excelente e o astral ótimo. O funcionamento desses gigantes é muito interessante e engloba muitas e diferentes tarefas.
Por muitos anos fazer um cruzeiro foi verdadeiro símbolo de status e ostentação, mas nas últimas duas décadas os cruzeiros viraram “uma febre” no Brasil e se popularizaram por meio das diversas agências que ofereciam pacotes com preços convidativos e facilidade no pagamento. Claro que é preciso ter alguns cuidados, como escolher uma boa companhia, já que existem empresas melhores do que outras, o que (óbvio) interfere no preço e na qualidade dos serviços.
Os cruzeiros são uma ótima opção para quem pretende relaxar durante as férias e não se aborrecer com nada durante a viagem, pois o sistema all inclusive garante que você não precisará planejar nada, nada mesmo. Não precisa achar hotel, alugar carro, carregar mala, procurar endereços, nem escolher restaurante (confira se o seu navio oferece o sistema all inclusive).
Sem falar que para os pais que viajam com crianças é o paraíso: não precisa carregar mala de um lado pro outro, não precisa pensar em onde comer e, além disso, os navios oferecem muitas opções de entretenimento especialmente pensadas para as crianças. Os pais podem, mediante assinatura de um termo, deixar as crianças com os recreadores e buscá-las quando a atividade terminar.
Está tudo pronto e à disposição! É só comprar a passagem e embarcar! Claro que essa moleza só vale para os passageiros que moram em cidades de onde partem os navios, como Rio de Janeiro e Santos. Os demais passageiros precisam pensar em como chegar até o porto de partida. Em termos de custo benefício também tem sido uma escolha interessante pois costuma ser mais barato do que viagens tradicionais, onde é preciso comprar passagem aérea, pagar hospedagem, alimentação, passeio e compras.
A estrutura do Costa Concordia
Na época dessa viagem o Costa Concordia era um dos maiores navios do mundo. Hoje, 7 anos depois, já existem outros bem maiores, como o Allure of the Seas, navio em que fiz meu último cruzeiro pelo Caribe.
A estrutura do navio é fantástica e quem nunca foi não consegue imaginar tudo o que tem lá dentro, nem o tamanho desses gigantes (que acomodam quase 5 mil pessoas em aproximadamente 1500 cabines). O Costa Concordia tinha 17 andares de altura! Maior que muito prédio que vemos por aí, e com uma enorme variedade de serviços.
Eram 6 restaurantes enormes, 13 bares, 4 piscinas, 5 jacuzzi, teatro, academia de ginástica, salão de jogos de cartas, biblioteca, galeria de artes, várias lojas, Spas, salão de beleza, quadras de tênis e basquete e a pista para caminhadas e, tobogã das piscinas. Vale ressaltar que cada ambiente possuía tamanho e decoração diferentes.
Outro ponto positivo de fazer um cruzeiro é que à noite, por navegar em águas internacionais, é possível jogar no cassino sem contrariar a legislação brasileira.
Alguns pontos negativos seriam acordar todos os dias no mesmo lugar e fazer as mesmas coisas. Essa é uma limitação real. Mas dependendo do navio e da época do ano existem atividades programadas, brincadeiras e até mesmo academia de ginástica e spa para você se destrair.
Portanto, essa escolha dependerá do estilo de viagem que você curte. Se você não gosta de ficar muito tempo parado no mesmo lugar pode se entediar, já que a viagem toda se passa dentro do navio e não dá pra conhecer muito de outros lugares. No máximo poderá dar um pulinho, por algumas horas, em alguma cidade onde o navio atracar.
O enjoo é outra situação que pode atrapalhar a viagem se o mar estiver agitado – para minimizar a sensação de balanço escolha as cabines de andares mais baixos pois a sensação é de que balançam menos do que as localizadas nos andares altos e nas partes externas. Além disso, a vantagem de escolher cabines internas é que, por não terem janela ou varanda, são bem mais baratas do que as externas.
Porém, se você tiver qualquer problema com ambientes fechados não fique nessas cabines pois não tem nenhuma janelinha….
A cabine em que ficamos era interna e cabiam, no máximo, três pessoas. O espaço era pequeno, mas ficávamos a maior parte do tempo na área da piscina, então não foi um problema.
Além de todos os serviços e atividades oferecidas no navio, também é possível optar pelo serviço de quarto e desfrutar de seu café da manhã de forma mais tranquila, sem 4.000 mil pessoas fazendo o mesmo… rsrs Sério, a gente só percebe quanta gente tem no navio na hora das refeições, pois as filas são grandes nos restaurantes self-services (café da manhã e almoço). Lembrando que o jantar pode ser servido a la carte, em restaurantes mais arrumados e por isso demandam roupas mais apropriadas.
Para quem não curte essa “bagunça” do self-service e prefere um almoço mais sossegado, também é possível optar por restaurantes a la carte.
Ainda falando sobre as cabines, é sugerida gorjeta para a camareira, que pode ser deixada na cabine no último dia do cruzeiro, antes de você desembarcar. Assim, a funcionária encontrará o valor quando for limpar o quarto. Mas verifique se ao comprar o pacote a gorjeta já não está incluída no preço.
A experiência no Costa Concordia foi interessante e confesso que a notícia de seu naufrágio me deixou triste. Difícil imaginar aquele navio lindo e onde passamos dias tão felizes afundando…
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Cruzeiro pelo Caribe – Charlotte Amalie, St. Thomas
Cruzeiro pelo Caribe – Nassau, Bahamas