Considerada o berço de Portugal, Guimarães é uma cidade com mais de mil anos de existência e seu centro histórico encontra-se muito bem preservado, tendo sido declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Localizada ao Norte de Portugal, a apenas uma hora do Porto, Guimarães também já foi eleita como a Capital Européia da Cultura, no ano de 2012.
Uma das cidades históricas mais importantes de Portugal, foi o local de nascimento de D. Afonso Henriques e testemunhou alguns fatos cruciais para a reconquista, unificação e independência do país, como a famosa Batalha de São Mamede.
Breve história
A História de Guimarães começa bem antes da Idade Média, mas foi nesse período que a cidade começou a ganhar a atual configuração.
No início do século X, toda a área ocupada pela cidade era uma enorme propriedade rural pertencente à Condessa de Mumadona. Foi ela quem ordenou a construção do Mosteiro de Santa Maria e, depois, para proteger o Mosteiro, foi construído o Castelo de Guimarães.
Já no final do século XI D. Teresa, filha do rei D. Afonso VI veio a residir na cidade, onde nasceu D. Afonso Henriques, considerado o primeiro rei de Portugal. Por isso se diz que foi nessa cidade que nasceu Portugal, como país que conhecemos hoje.
Como chegar em Guimarães a partir do Porto
Um bate-e-volta perfeito para quem está no Porto e quer explorar um pouco mais o Norte de Portugal. É bem fácil chegar em Guimarães: da estação São Bento ou Campanhã saem trens de hora em hora, o trajeto dura aproximadamente 1:15 h e o valor da passagem custa €6,30 ida e volta.
Às 10:50 há um trem mais rápido e mais confortável, mas o valor da passagem talvez não compense os 15 minutos que ele poupa. €14,20 o trecho.
Dica: assim que chegar à estação de trem (comboio) de Guimarães, sugiro que pegue um táxi direto até o castelo, na parte mais alta da cidade. A corrida sai por menos de €5,00 e você poupa uma longa caminhada de quase 30 minutos.
Carro – de carro também vale a pena esticar até BRAGA, outra importante cidade do Norte de Portugal. Fica a 25 km de Guimarães em um trajeto que se faz em 30 minutos pela estrada A11 ou em 45 minutos pela N101.
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O que fazer em Guimarães – melhores atrações
Castelo de Guimarães
Construído por ordem da condessa de Mumadona no século X está associado a alguns momentos fundamentais da formação de Portugal como o cerco de Guimarães em 1127 e a batalha de São Mamede, em 1128.
Na verdade, o Castelo localizado na parte mais alta da cidade foi construído para defender o Mosteiro de Santa Maria das invasões normandas que aconteciam em toda a Península Ibérica, naquela época.
A visita consiste basicamente em subir nas torres do Castelo e observar a vista da cidade, tal como faziam os defensores de Guimarães, há séculos atrás.
Ao longos dos séculos o castelo passou por várias alterações e até mesmo por um período de abandono, tendo sido recuperado no século XX, classificado como Monumento Nacional de Portugal e é considerado por muitos como uma das 7 maravilhas de Portugal — juntamente com a Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos, Palácio Nacional da Pena, Castelo de Óbidos, Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça.
Ingresso: €2,00 ou € 6,00 combinado com o Palácio dos Duques de Bragança. Gratuito no 1º domingo do mês.
Funcionamento: todos os dias, das 10:00 às 18:00 hs
♦ ♦ ♦ Dicas de outras cidades portuguesas no final desse post ♦ ♦ ♦
Igreja de São Miguel
No meio do caminho entre o Castelo de Guimarães e o Paço dos Duques fica a pequena Igreja de São Miguel. Extremamente simples no seu interior, é de uma importância enorme pois foi nesse lugar que D. Afonso Henriques teria sido batizado.
No interior da igreja, há uma inscrição junto à pia batismal que afirma o fato. No chão estão sepultados vários nobres guerreiros que lutaram por Portugal.
Palácio dos Duques de Bragança
Um belo castelo medieval que serviu de residência para nobres desde o século XV, e também como albergue para os mais pobres, anos depois, hoje funciona como um dos atrativos mais visitados de Portugal e é residência oficial do Presidente da República.
Em seu interior há peças incríveis de tapeçarias e muitos objetos e mobiliário que reconstituem a vida dos nobres no palácio. É uma visita imperdível!
Assim como o Castelo de Guimarães, o palácio dos Duques de Bragança passou por um longo período de abandono, tendo sido recuperado no século XX e classificado como Monumento Nacional.
Ingresso: €5,00 ou € 6,00 combinado com o Castelo de Guimarães. Gratuito no 1º domingo do mês.
Funcionamento: todos os dias, das 10:00 às 18:00 hs
Descendo da parte mais alta da cidade para o Centro Histórico, encontramos várias praças e igrejas pelo caminho, ruelas estreitas e cheias de história, como a rua de Santa Maria, uma ruazinha medieval super charmosa que durante a Idade Média foi uma das vias mais importantes da cidade e ali residiram nobres, padres e outras pessoas de prestígio.
Passe por ela observando a arquitetura das casas, os detalhes das portas e janelas e aproveite para conhecer suas lojas, cafés e restaurantes.
Passando por essa rua você chagará à Praça de São Tiago. Reza a lenda que o próprio San Tiago teria trazido a imagem de Santa Maria e colocado em um largo. Dois templos foram construídos e destruídos nesse local, em homenagem ao apóstolo, mas não há mais resquícios deles. Hoje observa-se uma bela praça repleta de restaurante no entorno.
Praça da Oliveira, Igreja da Oliveira e o Padrão do Salado
Bem ao lado da Praça São Tiago fica outra praça. É a Praça da Oliveira. E alguém adivinha o porque desse nome?! Sim, porque havia uma oliveira ali plantada… e, segundo reza a lenda, a oliveira que estava seca e morta teria renascido depois de fincada a cruz do padrão do Salado. Um milagre, para os moradores da cidade.
Além dos restaurantes no entorno, na praça estão a famosa Igreja da Oliveira, que remonta à origem da cidade (lembram da Condessa de Mumadona?) e o padrão do Salado, um monumento erguido para celebrar a vitória contra os mouros na Batalha do Selado, em 1340. Há uma cruz no centro com imagens de Santos, Virgem Maria e Cristo. Um belo exemplar da arquitetura gótica.
Na praça também está localizado o prédio dos Antigos Paços do Concelho, que funcionava como uma espécie de sede administrativa da cidade. Mais tarde, em 1877 foi colocada no alto do prédio a estátua de um guerreiro, simbolizando as vitórias portuguesas.
Museu de Alberto Sampaio
O museu ocupa o espaço do Antigo Mosteiro de Santa Maria, tendo grande valor histórico e simbólico para Portugal. O prédio é colado na Igreja das Oliveiras, sendo possível visitar os claustros e as demais salas medievais. Seu acervo é composto de peças de ourivesaria, esculturas, pinturas sempre relacionadas à arte sacra. As peças foram trazidas de várias igrejas da cidade. O acervo não é tão grande e em menos de uma hora é possível ver todo o museu.
Ingresso: € 3,00
Funcionamento: Terça-feira a Domingo, das 10:00 às 18:00
Largo do Toural e Muralhas da cidade
O largo do Toural é hoje a principal praça da cidade de Guimarães, e lá onde se encontram a Basílica de São Pedro e uma fonte renascentista. O largo possui esse nome ali, até o século XVII eram realizadas touradas, na parte externa da cidade, ou seja, fora das muralhas.
Ainda é possível observar partes das antigas muralhas da cidade. Em uma delas, localizada próximo ao Largo do toural, há a inscrição “Aqui nasceu Portugal“, para lembrar da importância de Guimarães para a formação de Portugal.
Igrejas, Igrejas e Mais Igrejas
Em Guimarães há uma grande quantidade de igrejas, mosteiros e conventos. Literalmente, é uma a cada esquina. As ruas e praças levam nomes de Santos e a gente acaba por descobrir Santos que nem sabia que existiam.
A menos que você seja muito religioso, e queira transformar a visita em uma peregrinação (o que demandaria mais de um dia), não precisa ir a todas elas. As principais igrejas são:
Basílica de São Pedro e Largo do Toural. Na extremidade do largo está a inscrição “Aqui nasceu Portugal”.
Igreja da Misericórdia, Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos
Outras igrejas para visitar em Guimarães: Igreja de Santo Antonio dos Capuchos, Igreja de São Gualter, Convento de Santa Clara, Igreja e Claustro de S. Domingos, Igreja das Domenicas, Igreja de São Francisco.
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