Todo mundo já ouviu falar que Barcelona é uma cidade vibrante e cheia de estilo, mas só estando lá para compreender o verdadeiro modernismo catalão, mais atual do que nunca! Praia, futebol, arte e arquitetura dão um tempero especial à essa cidade que passou por muitas reformas para sediar as Olimpíadas de 1992 e o resultado ficou incrível, com um ar bastante cosmopolita e moderno e, de quebra, aumentou — e muito— sua vocação turística.
Minha viagem de trem de Madri para Barcelona durou quase 4 horas, pois na época não existia o AVE (trem de alta velocidade espanhola), que interliga as duas cidades e hoje faz o trajeto em menos de 3 horas.
Mas a viagem foi boa mesmo assim: trem confortável e pontual. A estação Atocha, onde pegamos o trem, tem uma infraestrutura parecida com a de um aeroporto: sala de embarque, check in, carrinhos para malas, com a vantagem de ser tudo menos burocrático do que no aeroporto. Em Barcelona, chegamos pela estação Barcelona Sants.
Embora estejam no mesmo país, Barcelona é bem diferente de Madri, não só pelo idioma catalão, mas principalmente por ser uma cidade banhada pelo mar, com aquele clima agitado e animado de praia. A região luta pela independência política e, pra nossa sorte, estávamos lá pra entender melhor isso.
Chegamos no dia 10 de setembro à noite e no dia 11 era o Dia Nacional da Catalunha, o maior e mais importante feriado da região, um dia de comemoração em Barcelona. Por sorte, estávamos lá nesse dia e pudemos ver a alegria do povo catalão, tão orgulhoso e independente, pelo menos culturalmente, do resto da Espanha. As pessoas saem às rua com bandeiras de Barcelona e da Catalunha, cantam hino da região e defendem a independência política. Há vários eventos pela cidade e vou contar como foi.
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Roteiro de 3 dias por Barcelona
Dia 1
Começamos o dia indo de metrô até a Praça de Toros Monumental, como contamos nesse outro post. Embora as touradas tenham sido proibidas na região da Catalunha, no estádio ainda funciona um Museu que conta a história dessa antiga tradição, substituída por outros tipos de eventos, como shows de rock e espetáculos circenses.
Mesmo se você não quiser conhecer a história das touradas e ver de perto cabeças de touros empalhadas, vale admirar a arquitetura do prédio, uma mescla entre o estilo mouro e o bizantino.
De lá fomos andamos (aproximadamente 15 minutos) até o Passeig Lluis Companys, onde se encontra o Arco do Triunfo de Barcelona. E foi lá que descobrimos sobre o feriado pois era um dos pontos de comemoração pelo Dia Nacional da Catalunha.
Havia várias barracas com comidas e bebidas típicas da Catalunha, produtos artesanais e manifestações políticas, discursos e algumas pessoas mais inflamadas, mas tudo pacífico. Tinha até uma coca-cola “catalã”, que eu tive que experimentar. (rsrs)
Interligado ao Passeig fica o Parc de la Ciutadella ou Parque da Cidadela, um dos maiores parques de Barcelona, onde também está localizado o zoológico da cidade. O local é lindo e muito agradável, com lagos, diversas esculturas e o prédio do Parlamento da Catalunha.
No local onde hoje há esse Parque havia uma fortaleza (daí o nome La Ciutadella) que foi transformada em prisão política e posteriormente foi destruída para dar lugar à Exposição Universal de 1888.
De lá seguimos para a Carrer de Montcada, onde fica localizado o Museu Picasso.
Mais do que apenas contemplar as obras de arte de Picasso, é interessante entender a história do museu e a paixão de Picasso por Barcelona. O museu, que foi criado por expressa vontade de Picasso, hoje ocupa o espaço de cinco casas e palácios medievais, originários do século XIII a XV, incluindo o Palau Aguilar.
Ao longo do tempo Picasso, seu secretário Sabartés, Salvador Dalí e outros artistas e amigos doaram suas obras para o museu, enquanto outras foram adquiridas posteriormente. Quanto mais o acervo crescia, maior a necessidade de ampliar o espaço e assim, outras casas foram sendo compradas.
O acervo do museu possui todos os estilos de pinturas que Picasso usou, desde pinturas realistas que parecem fotografias, até as cubistas. Não é permitido filmar ou fotografar no interior do museu, nem entrar com mochilas (por isso há lockers para guardar os pertences, caso seja necessário).
O Museu que fica localizado na Carrer Montcada nº 15, funciona de terça-feira a domingo das 9 às 19 hs e o ingresso para as coleções permanente e temporária custa € 14,00.
Saindo do Museu, para chegar à Igreja de Santa Maria do Mar, basta seguir pela mesma rua Montcada e entrar na Carrer dels Sombreres, onde já é possível ver a lateral dessa igreja que é considerada o mais perfeito exemplar do estilo gótico catalão.
Infelizmente não conseguimos entrar pois na hora que passamos ela estava fechada. Os horários de funcionamento são: de segunda a sábado de 9 às 13 e de 17 às 20:30 e domingo de 10 às 14 hs e de 15 às 17 hs. Vale conferir as fotos de seu interior no site da Igreja.
Dalí, uma opção é ir até a Catedral de Barcelona, que é linda por fora e por dentro, mas estava em reformas quando estávamos na cidade e por isso a foto da fachada só tem andaimes. Na Espanha tem dessas coisas: quando o atrativo não está fechado no período da tarde para a siesta, pode estar fechado para reformas ou aberto, mas cheio de andaimes….
A Catedral começou a ser construída no século XIII em estilo gótico, mas sua fachada neogótica só foi terminada no século XIX. A Igreja que foi constantemente modificada ao longo da história tem enorme importância histórica, pois foi o local de batismo de seis nativos da América, trazidos por Cristóvão Colombo.
Fica localizada na Praça de la Seo e o horário de funcionamento é um pouco complicadinho:
Dias de semana 8.00-12.45 (gratuito) – 13.00-17.30 (mediante doação de € 7,00) 17.45-19.30 (gratuito)
Sábados 8.00-12.45 (gratuito) – 13.00-17.00 (mediante doação de € 7,00) – 17.15-20.00 (gratuito)
Domingos e feriados 8.00-13.45 (gratuito) 14.00-17.00 (mediante doação de € 7,00) – 17.15-20.00 (gratuito)
Outra opção é ir ao Quarteirão Judaico e visitar a Sinagoga Mayor, uma das mais antigas da Europa. O prédio tem vestígios do século III, mas não se sabe ao certo se já funcionava como sinagoga.O mais provável pelos documentos existentes é que ela funcionava no século XIII e após um episódio de massacres de judeus, o local deixou de ser usado e só foi redescoberto nos anos 1990.
Pra fechar o dia, fomos até a Praça Sant Jaume, onde estão os edifícios da Prefeitura de Barcelona e o Palau de la Generalitat, um edifício medieval muito bonito que funciona como sede do governo da Catalunha. Além da fachada principal que fica na Praça, não deixe de contemplar também a fachada lateral na Carrer del Bispe, com todos os detalhes góticos, incluindo uma pequena ponte.
Em frente ao Palau de la Generalitat fica o prédio onde hoje funciona a Prefeitura de Barcelona.
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