O espanhol Santiago Calatrava, autor do projeto arquitetônico, diz que sua inspiração veio das bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Outros vêem semelhanças com uma grande ave com asas abertas, ou uma baleia futurista prestes a mergulhar na Baía de Guanabara, e muitas outras coisas… Tendo essa cara, e sendo muito inovador em sua arquitetura, o Museu do Amanhã é também um modelo de utilização de energia solar e um verdadeiro convite a repensar a cidade (e o mundo) que queremos para o futuro. Afinal, o futuro se constrói hoje!
A revitalizada Praça Mauá, que agora mescla o Rio antigo com o Rio do futuro, estava uma festa (e lotada!) no primeiro dia de acesso gratuito ao Museu. Aliás, a bilheteria bateu recorde de visitação para um único dia e, assim, não conseguimos visitar o interior do Museu no dia da inauguração. A estimativa da fila era de aproximadamente 4 horas de espera (e com um sol de 40º C!) Nossa visita ficou limitada, então, à parte externa do Museu, mas mesmo assim, e com todo aquele sol e calor, valeu o passeio. Afinal, a construção é muito bonita e, divergências a parte, realmente representa um Rio que queremos: limpo, moderno e seguro para cariocas e turistas.
Museu do Amanhã, hoje!
Na verdade, a inauguração do Museu do Amanhã vai muito além da oferta de uma nova atração cultural para quem visita e passeia no Rio de Janeiro. O museu faz parte de um projeto maior, de revitalização do Centro da cidade, com destaque para a região portuária. Para se ter uma idéia, um dos objetivos de longo prazo é aumentar o número de moradores do bairro, que hoje é de 30 mil, passando para 100 mil em 15 anos.
Para isso, começaram a ser realizadas diversas obras de melhoria. O início de tudo foi a demolição da Avenida Perimetral, que há muito contribuía para a degradação estética da área portuária, e a consequente revitalização da Praça Mauá, que ganhou, primeiro, o também belo e interessante Museu de Arte do Rio (MAR) e, agora, como seu vizinho, o Museu do Amanhã. Mas o projeto do Porto Maravilha (como vem sendo chamado) prevê, além de toda a reformulação do cais do porto, a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) por algumas vias do bairro, a inauguração de um Aquário (o AquaRIO), e também a repaginação da importante Avenida Rio Branco.
Os turistas que chegam pelo Porto do Rio em navios de cruzeiro já se beneficiam das obras e podem aproveitar bem ao lado a Praça Mauá revitalizada, o Museu de Arte do Rio (MAR) e, é claro, o Museu do Amanhã.
Vale destacar a revitalização da Praça, onde foi colocada uma estátua em homenagem ao Barão de Mauá, o primeiro grande idealizador de um Rio de Janeiro moderno e desenvolvido, uma área gramada com árvores, barraquinhas, food trucks e a hashtag #cidadeolímpica. Da praça, vê-se a Baía de Guanabara, com a Ponte Rio-Niterói ao fundo, o Mosteiro de São Bento, o prédio histórico da Rádio Nacional, alguns prédios da Marinha e o prédio do Cais do Poto, por onde os turistas passam ao embarcar e desembarcar dos navios e o centro da cidade, de uma nova perspectiva, de um novo ângulo.
O museu funciona de terça a domingo das 12 às 19h, sendo gratuito às terças-feiras. Mas atenção, pois não funcionará no período do carnaval ( do dia 06 ao dia 10 de fevereiro). O ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 a meia entrada.
Devido a grande quantidade de obras espalhadas por todo o Centro da cidade, o trânsito está sendo bastante afetado e há constantes engarrafamentos. Assim, a melhor opção para chegar à Praça Mauá seria pegar o metrô e descer na estação Uruguaiana ou pegar um ônibus que passe pela Av. Presidente Vargas – descer na Candelária e seguir pela Rio Branco em direção à Praça Mauá. Para quem preferir o carro, é possível estacionar na Rua Acre, que possui um estacionamento aberto 24 hs.
Para conhecer o Museu do Amanhã por dentro, aguarde nosso próximo post. Amanhã ou logo logo. 🙂
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