Nesse post vou falar sobre o Quartier Latin e a Île de la Cité, seguindo o roteiro que fiz para conhecer a terra dos parisienses e aproveitar ao máximo cada arrondissement. Dividi a cidade por regiões, agrupando os pontos turísticos de acordo com a localização, de forma a facilitar quem estiver embarcando para Paris. Para outras atrações, veja os links no final desse post.
Conhecendo o Quartier Latin e Île de la Cité
O famoso Quartier Latin é uma simpática região localizada no 5º (e parte do 6º) arrondissement. Tem sempre um café, um restaurante ou um mercadinho a cada esquina, sendo bem fácil se familiarizar, além de ficar próximo a importantes pontos turísticos, como o Panthéon, a Universidade de Sorbonne, a Notre-Dame e a ilha onde ela está localizada, a Île de la Cité.
Por tudo isso, decidi ficar hospedada nesse bairro que possui ótimos preços, uma atmosfera jovem e descontraída, além da excelente localização. Aliás, quem assistiu ao filme Meia-Noite em Paris vai entender rapidinho o que estou dizendo. Quem não assistiu, corre pra ver! É uma verdadeira viagem por Paris…
Logo depois de fazer o check in no hotel, saímos para passear e colocar nosso roteiro em prática. Foi ótimo descobrir que estávamos tão bem localizados!
Um bom ponto de partida para conhecer o Quartier Latin é começar pelo Panthéon, um dos monumentos nacionais mais importantes da França, onde estão sepultados alguns dos maiores personagens da História, como Rousseau, Voltaire, Émile Zola, Victor Hugo e tantos outros. Sua enorme cúpula pode ser vista de vários pontos da cidade, fazendo parte do skyline da capital francesa.
O enorme prédio em estilo neoclássico foi inicialmente construído para ser uma igreja, por ordem do Rei Luis XV, mas o movimento revolucionário alterou sua função. É interessante observar como os franceses respeitam o passado e reconhecem a grandiosidade dos homens que ajudaram a construir o país. O ingresso para a atração custa € 8,50. Para saber mais sobre esse atrativo, leia o post escrito especificamente sobre ele.
Ainda no bairro, não deixe de ver o Museu Nacional da Idade Média (ou Musée de Cluny), a Universidade de Sorbonne e o Jardim de Luxemburgo, um lindo parque que conta com lago, pomar, restaurante e um belo paisagismo, além de ser o local onde está o Palácio de Luxemburgo, atual sede do Senado.
O lugar mais diferentão do Quartier Latin é a Arène de Lutèce, uma antiga arena romana de gladiadores que estava esquecida e foi redescoberta, por acaso, em 1869. Hoje o local funciona como uma espécie de parquinho (!) onde os moradores do bairro levam os filhos para brincar e jogar bola, porém sem esquecerem a importância histórica do local. A arena fica localizada no número 49 da Rue Monge.
À noite, aproveite os bares e restaurantes do bairro, muitos deles com preços para estudantes. Com certeza sai bem mais em conta do que jantar na Champs Élysées.
Saindo do Quartier Latin e atravessando uma das pontes sobre o rio Sena, você chega à Île de la Cité, considerada o berço da cidade, onde tudo começou, e cujo principal atrativo é a medieval e bela Notre-Dame.
Ao visitar a Catedral de Notre-Dame, observe-a como uma das melhores representações do estilo gótico: detalhes como a porta principal toda esculpida, seus vitrais, a rosácea, os arcos e abóbadas que dão sustentação à construção, a nave central e as naves laterais, as gárgulas e toda sua verticalidade fazem dela uma das igrejas mais lindas e mais visitadas em todo o mundo, tendo servido, inclusive, de inspiração para o conhecidíssimo personagem de Victor Hugo, o Corcunda de Notre-Dame.
Além de conhecer gratuitamente o interior da igreja, é possível também subir suas torres, mas para isso é preciso comprar ingresso, encarar uma fila que costuma demorar (pois o número de turistas querendo subir é bem maior do que o espaço comporta) e subir seus quase 400 degraus. A entrada para as torres é pela fachada exterior esquerda da Catedral. No entanto, se tiver paciência para esperar e disposição para encarar os degraus, será recompensado com uma das vistas mais lindas da cidade.
Na mesma praça onde está localizada a Catedral, fica também a Cripta Arqueológica, cuja entrada (por uma escada para o subterrâneo da praça) passa despercebida, mas cuja importância remonta à origem da cidade há muitos séculos.
Ali embaixo, escavações revelaram ruínas de antes da ocupação romana, mapas e objetos utilizados pelos celtas que se instalaram no local, chamados de Parisii. Sobre isso falei no post sobre Paris e os… Parisii, Parise, Parizzi.
Ainda sobre a Île de la Cité, é impressionante como nessa ilha tão pequena pode haver tantos pontos turísticos importantes e relevantes para a história da França. Aliás, boa parte dos acontecimentos da Revolução Francesa também ocorreram nesta ilhota, mais especificamente no Palácio da Justiça, que abrigava a Conciergerie, onde ficavam presos todos os que morreriam na guilhotina, e onde hoje há um museu contando sobre a história do local através de documentos e objetos originais.
O prédio construído como Palácio Real no século XIV sofreu grande destruição ao longo do tempo e, posteriormente, foi adaptado como prisão até 1914.
Há ainda a belíssima Igreja de Sainte-Chapelle, com seu interior ricamente decorado e seus 15 vitrais que ilustram passagens bíblicas — mas não consegui visitar pois estava fechada no horário em que fomos. Óbvio que fiquei chateada, pois sei que ela é maravilhosa…
Por fim, passe pela Praça Dauphine, pela Pont Neuf, e é dessa pontinha da ilha que partem passeios de barcos pelo rio Sena, com a empresa Vedettes du Pont Neuf. Aproveite para fazer essa que é outra atração imperdível de Paris.
Se uma única ilha de Paris já possui tantas atrações, imagine o restante da cidade!
Desbrave a capital da França com a gente!
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