Quem nunca sonhou em morar na Califórnia, mais especificamente em São Francisco? Eu já! Vários filmes foram rodados lá e ajudaram a construir nosso imaginário sobre essa cidade: Em busca da felicidade, Uma babá quase perfeita, Doce novembro, sem falar das músicas… Essa charmosa cidade resume a felicidade!
Suas longas ladeiras, casas no estilo vitoriano contrastando com a modernidade do centro financeiro, e o movimento paz e amor que encantou, inspirou e atraiu o mundo todo, fazem dela a melhor cidade do norte da Califórnia, com uma identidade única!
Organizamos um roteiro de 4 dias para você literalmente viajar por essa cidade, antes mesmo de sair de casa! Dá só uma olhada nessa foto e embarque nesse bonde, ladeira abaixo ou ladeira acima…
Roteiro de 4 dias em São Francisco com bate-e-volta até Sausalito
Em São Francisco o ideal é ficar no mínimo quatro dias para aproveitar bastante essa cidade repleta de atrações interessantes e belezas naturais. Mas se estiver pensando em fazer alguns passeios bate-e-volta — como, por exemplo, para Napa Valley, ou para conhecer a sede do Google, em San José, ou até mesmo fazer compras no outlet em Gilroy—, vale a pena incluir mais alguns dias.
Pesquisando sobre o melhor bairro para me hospedar, decidi ficar no Marina District, mais especificamente na Lombard Street. Hotéis de rede como o Comfort Inn e o Days Inn são ótimas opções nesse bairro. Foi uma ótima escolha, perto de tudo, e com fácil locomoção para os principais pontos turísticos, a pé, de ônibus, de bonde, de carro ou de bicicleta. Pois é! Usei todos esses meios de transporte enquanto estive na cidade e adorei fazer cada dia de um jeito diferente!
1º dia
Nosso dia começou ainda em Napa Valley, onde estávamos hospedados. Tomamos café da manhã e fizemos o check-out daquele hotel maravilhoso, por volta das 11 da manhã. Então pegamos a estrada rumo a São Francisco, o que em condições normais levaria em torno de 2 horas. Em nosso caso demorou mais, pois fizemos algumas paradas no caminho para compras, além da parada para almoçar, e só chegamos em São Francisco perto das 17 horas, inclusive porque tinha um pouco de engarrafamento na chegada à cidade. Gente, e eu achando, toda feliz, que essa era a Golden Gate… rsrs #sqn
Fizemos check- in no hotel e ficamos esperando meu cunhado chegar do trabalho para irmos jantar. Ele estava participando de um evento a trabalho e nos encontramos com ele todas as noites. Dias felizes!
Decidimos conhecer o famoso Pier 39 e optamos por jantar no Bubba Gump Shrimp, restaurante de uma famosa rede dos Estados Unidos, conhecido como o restaurante do filme Forrest Gump: comida boa, atendentes simpáticos e ambiente que recria fielmente elementos e passagens do filme. Não esqueça de passar na lojinha que tem itens sensacionais. Foi uma noite bastante agradável! Dá pra voltar a fita?!
Fomos de carro e lá perto do Pier 39 há vários estacionamentos públicos. Não é difícil encontrar, pois normalmente esses parking lots são edifícios-garagem bem sinalizados e organizados.
2º dia
Na manhã seguinte, aí sim, começamos a turistar de verdade. Prepare-se para andar! Como estávamos hospedados na famosa Lombard Street, começamos o passeio por ela. A rua é conhecida por ser a mais sinuosa do mundo e, claro, a qualquer hora ficam concentradas dezenas de turistas tirando fotos e apreciando a paisagem. É realmente encantador, não acham? Vale tirar fotos dos dois ângulos, tanto do alto como lá de baixo.
Da Lombard St. andamos até o Pier 39, que engloba desde a Ghirardelli Square até o pier 35. Essa área também conhecida como Fisherman’s Wharf é uma tradicional região de pescadores que conseguiu se adaptar e se modernizar, oferecendo diversos serviços e atrações. O local é superturístico, com uma atmosfera alegre e contagiante, principalmente no verão. Não ir ao Pier 39 é o mesmo que não ir a São Francisco! E recomendo conhecê-lo tanto de dia quanto à noite.
Há pontos de observação de focas e leões marinhos, artistas de rua, muitos restaurantes, sorveterias e lojinhas de souvenirs. Existem também empresas que alugam bicicletas, e outras que oferecem passeios de barco para ver baleias de várias espécies (no chamado whale watching), mas dizem que é bem difícil e, portanto, fique atento quanto ao que promete a empresa escolhida.
Também é do Pier 39 que saem os barcos que levam à prisão na ilha de Alcatraz. Infelizmente não conseguimos ir a um dos mais famosos cartões-postais de São Francisco, pois para os dias em que estávamos na cidade a venda de ingressos já estava esgotada, tanto na internet como no pier. Fica a dica imprescindível pra quem está indo na alta temporada: comprar ingresso com antecedência na internet! Nós só conseguimos ver de longe mesmo, prisioneiros em terra firme…
Seguindo pelo Waterfront (calçadão de pedestres à beira-mar) chega-se na região denominada Embarcadero, onde também há vários piers de onde saem e chegam barcos, inclusive o ferry boat vindo de Sausalito. Dependendo de que ponto você vai começar o passeio, o Ferry Building Marketplace pode ser a última ou a primeira atração. De qualquer forma, aproveite para conhecer: o local, que no passado funcionava como uma estação de barcas, é hoje uma espécie de mercado municipal, onde são vendidos produtos fresquinhos como frutas, legumes e verduras, além de oferecer alguns restaurantes legais para almoçar.
Dica: da praça Ghirardelli até o Ferry Building Marketplace leva-se quase uma hora andando, sem contar as paradas para fotos, para ver as lojinhas etc.; sendo assim, vá com um sapato bem confortável e tente organizar o horário para almoçar por lá.
Se quiser esticar mais um pouco, dá pra ir andando até o Financial District. O bairro é lindo e supermoderno. Lembra bastante o clima de Nova York, mas em menores proporções e com muito menos gente, claro. Vários arranha-céus, lojas de todo tipo e o pessoal de terno e gravata correndo com copos da Starbucks nas mãos… Bem parecido mesmo, e por isso uma delícia! Quem não gosta de se sentir em NY?
Se você curte a cultura oriental, também não pode deixar de conhecer China Town, a comunidade asiática mais antiga na América do Norte e a maior fora da Ásia, ocupando 24 quarteirões da cidade. Lá você encontrará pessoas falando mandarim e vivendo a cultura chinesa em sua plenitude. Do Financial District até o Dragon’s Gate (Portal do Dragão) demora uns 15 minutos andando, e até lá você vai curtindo a cidade. Aliás, é visível o grande número de orientais em toda a Califórnia, mas especialmente em São Francisco. Para quem também estiver interessado em conhecer um pedacinho do Japão na cidade, vá até Japan Town. Cada um desses bairros tem características próprias e se complementam, formando uma cidade culturalmente riquíssima.
Finalmente, eu descobri o que todo turista quer fazer em São Francisco: andar de bonde! Os bondes são uma atração à parte e vivem lotados… Nem sempre é fácil conseguir andar e, em nosso caso, tivemos que ir para o ponto final para garantir um passeio, e ainda assim mas esperamos uns vinte minutos na fila! Pode ser que em outras épocas não seja assim, mas naquele verão de 2013… nossa, quanta gente! No final do dia pegamos a linha Powell and Market e descemos na Lombard Street, rua do hotel.
Andar nos bondinhos é obrigatório para todo turista, mas não é tarefa fácil e não deve ser seu principal meio de transporte pois, além de caro (US$ 6 o trecho por pessoa), é difícil conseguir vaga. Perto de China Town não conseguimos pegar o bonde, pois todos passavam lotados e o condutor não permite a subida de novos passageiros se outros não descerem. Aquela história de andar pendurado no bondinho não é bem como contam: na verdade, existem condutores bem rigorosos quanto à segurança dos passageiros e que não permitem bagunça.
3º dia
Para quem quiser ver outros cartões-postais, as casas em estilo vitoriano estão por toda a cidade, mas na Alamo Square ficam concentradas as mais famosas delas, chamadas Painted Ladies. Esse local fica um pouco afastado de outras atrações (não esquecendo das ladeiras…), por isso deixamos para ir de carro, no mesmo dia em que passamos por Castro. Vale a pena dar uma volta pelo bairro para observar a arquitetura das outras casas e ver como vivem os moradores nesse charmoso bairro que possui vários cafés, pet shops, lojas, livrarias e é um verdadeiro convite…
Na praça localizada bem em frente às Painted Ladies (de onde tiramos essa foto), há espaços reservados para cachorros brincarem (até com bebedouro para os animais!) e o mais legal é observar como os moradores realmente aproveitam os espaços públicos e levam seus amigos pra passear.
Depois de andar um pouco pelo bairro fomos, de carro (em 15 minutos), conhecer o famoso bairro gayfriendly de São Francisco, Castro, onde na década de 1970 começaram os movimentos pelos Direitos dos Gays, liderados, dentre outros, pelo parlamentar Harvey Milk (cuja história rendeu mais um filme locado na cidade – Milk A voz da igualdade). Vários estabelecimentos do bairro exibem a bandeira de arco-íris, demarcando o espaço e impondo respeito. É interessante, mas se não estiver de carro não sei se vale a pena ir até lá porque, afinal, atualmente é apenas um bairro residencial.
De carro levamos 30 minutos até a Union Square, uma área bem comercial, com lojas das mais chiques às mais simples, além de floristas a cada esquina, charmosos cafés e restaurantes. Adorei o lugar! Sem dúvida, essa região também é uma boa opção para hospedagem.
Para compras existem muitas lojas boas por toda a cidade, mas na praça e seu entorno há uma grande concentração de lojas como a Tiffanny & Co., Zara, Macy’s, H&M, Victoria’s Secret, Saks Fifth Av., Willliam Sonoma, entre muitas outras. Mas se estiver pensando em comprar muitas roupas, o melhor seria ir ao Gilroy Premium Outlet, há 40 minutos da cidade.
Nesse dia, jantamos no Cheesecake Factory localizado no último andar do prédio da Macy’s (na Geary Street nº 251). Lá fora, no terraço, tem-se uma bela vista da praça e de seu entorno, mas como estava muito cheio e com fila de espera sentamos do lado de dentro mesmo. Na minha opinião essa é uma das melhores redes de restaurantes em relação ao atendimento, comida e, claro, sobremesa. Não deixe de experimentar a sobremesa que dá nome ao restaurante! Os cheesecakes são deliciosos. Todos!
Se quiser, leia mais sobre restaurantes de que os brasileiros mais gostam nos Estados Unidos.
4º dia
O dia em que alugamos bicicleta para fazer um bate-e-volta até Sausalito foi, sem dúvida, um dos melhores e mais cansativos… rsrsrs! Primeiro, pedalamos da rua do nosso hotel (na Lombard Street) até o Parque Nacional Golden Gate, que é muito bonito (e frequentemente comparado ao Central Park) e de onde já dá para ver a imponente Golden Gate, a ponte suspensa que é o símbolo da cidade. É por ela que chegamos até a pequena e simpática Sausalito.
Até o parque o trajeto demorou quase duas horas e meia, com paradas para beber água, tirar muitas fotos e consertar a bike do marido que quebrou no meio do caminho. A corrente soltava toda hora, mas encontramos uma loja que resolveu o problema. E nem cobrou por isso. De todo modo, indo direto, sem fazer nenhuma parada, é possível concluir o trajeto em uma hora— mas haja fôlego!
Esse passeio é fantástico. Não deixem de ler sobre nosso dia em Sausalito e saber como foi a volta para São Francisco. Vale a pena fazer esse bate-e-volta!
Já falamos lá no post de Sausalito que em agosto uma neblina característica toma conta da cidade, principalmente quando começa a anoitecer. E, mesmo sendo verão, vale a pena levar um casaco pois venta bastante na cidade e quando a neblina desce, esfria um pouco.
Na manhã do 5º dia, fizemos o check-out no hotel e continuamos nossa road trip pela Highway 1, dessa vez rumo a Monterey. Mas, pra falar a verdade, saí de São Francisco com aquela sensação de “quero voltar o quanto antes” — e, quem sabe, um dia ainda não vou morar lá… Vontade não me falta!
Veja mais sobre nossa Road Trip pela Califórnia:
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E nunca esqueça de fazer seu seguro viagem!
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